Actual crise económica tem toda a atenção

A crise económica e financeira que assola o país é analisada dentro das estruturas do MPLA com muita responsabilidade e preocupação, porque afecta a Nação inteira, afirmou, na segunda-feira, o secretário-geral do partido, Julião Mateus Paulo “Dino Matross”.
 
O político, que intervinha no programa “A Grande Entrevista” da Televisão Pública de Angola, adiantou que o MPLA tem estado a ajudar o Executivo a criar medidas com vista a  diversificar a economia.

Julião Mateus Paulo “Dino Matross” considerou que este pressuposto implica encontrarem-se outras soluções, tanto a nível da agricultura, da indústria ou do turismo, que permitam ultrapassar a crise que afecta a Nação. “A análise do actual momento exige que se tenha em conta que Angola vem de um conflito armado e a sua economia ainda é débil, apesar de ter registado, há alguns anos, um crescimento na ordem dos 17 por cento”.

 Não se podia implantar uma indústria no Huambo ou no Moxico numa altura em que as vias de comunicação não eram boas, aliado ao facto que não se poder ter uma indústria  a funcionar com geradores,  explicou o secretário-geral do MPLA, para acrescentar: “Após o fim do conflito armado, em Abril de 2002, grande parte das centrais hidroeléctricas encontravam-se destruídas, como  os casos do Lomaum e as Mabubas.

“Quando o Governo pensou em construir a barragem hidroeléctrica de Capanda, foi criticado, no entanto hoje se dá razão a todos aqueles que pensaram neste projecto”, afirmou, acrescentando que “pensávamos, na altura, que este projecto era um gigante, mas hoje, tendo em conta as nossas necessidades, é uma gota no oceano”, sustentou Julião Mateus Paulo “Dino Matross”, que precisou: “Quando se alcançou a paz, Angola era considerado um dos países mais minados no mundo, os caminhos-de-ferro não funcionavam, estiveram parados durante 27 anos e, para pôr os comboios a circular, teve-se de criar grupos de desminagem com altos custos”. Hoje, informou o secretário-geral do MPLA, depois dos esforços do Estado, das organizações não-governamentais nacionais e internacionais, já se pode dizer que nas áreas desminadas surgem grandes complexos agrícolas e o Executivo vai continuar a sua acção.

“O processo da diversificação da economia ainda não está nos níveis desejados, pois estamos a começar, mas a perspectiva é de continuar e estender a diversificação a todos os sectores da vida social e económica do país, quer se tenha ou não, no futuro, bom preço do petróleo ou dos diamantes”, concluiu o secretário-geral do MPLA.
 

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