Desenho foi feito com base em depoimento de testemunha.
Vítima teve morte cerebral constatada; bebê nasceu e passa bem.
A Polícia Civil divulgou o retrato falado de um jovem suspeito de atirar na secretária Daniela Nogueira Oliveira, de 25 anos, perto do prédio onde ela morava, na Zona Sul de São Paulo. O desenho foi feito com base em depoimento de testemunha. Pela descrição, o atirador é um homem de cerca de 19 anos, 1,75 metro, cabelo raspado e rosto fino. Quem tiver informações sobre o paradeiro dele pode ligar para o Disque-Denúncia, número 181. O anonimato é garantido.
A vítima, que estava grávida de 9 meses, teve morte cerebral atestada nesta quinta-feira (10). Os parentes decidiram doar seus órgãos. “Vai ter um procedimento. A gente vai fazer a doação dos órgãos. Não sei exatamente que órgãos que vão ser doados. Meu irmão que vai ver isso”, disse o cunhado da vítima, Gilsemar Oliveira.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a morte cerebral da secretária foi constatada às 15h08 desta quinta-feira (10). Daniela deu à luz Gabriela. Nascida de uma cesariana de emergência, a menina ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva neonatal do centro médico até a manhã desta quinta. Ela recebeu alta da UTI e passa bem. “Mas não sei quando ela irá para casa”, disse o cunhado.
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A secretária foi baleada na cabeça em uma tentativa de assalto, na região do Campo Limpo, na noite de terça (8). Ela chegava do trabalho, por volta das 21h, quando estacionou o carro na Rua Osiris de Camargo e desceu. A rua fica próxima ao condomínio onde mora e costuma ser usada para estacionar os carros dos moradores que só possuem uma vaga na garagem.
Segundo testemunhas, dois homens em uma moto amarela se aproximaram e depois atiraram na secretária. Eles fugiram sem levar nada, mas, para a polícia, trata-se de uma tentativa de assalto. A bolsa da vítima foi encontrada fora de seu carro, perto do veículo.
Daniela foi levada pelos bombeiros para o Hospital do Campo Limpo, onde foi feito o parto ainda na noite de terça. Ela passou por uma cirurgia na cabeça e ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado gravíssimo até a tarde desta quinta. “A gente tinha esperança, mas teve a confirmação da morte dela agora. É um momento doloroso para a gente. A gente não sabe como vai ser daqui para frente”, disse Oliveira.
Segundo vizinhos de Daniela, nos últimos meses houve um aumento no número de assaltos na região. "Eles preferem as mulheres. Eles levam o carro ou a bolsa", declarou uma moradora, que não quis ter o nome divulgado. A Polícia Militar reforçou o policiamento para coibir a ação dos criminosos na região.
“Todo mundo está muito abalado, muito triste, indignado com essa violência. A Dani não é a primeira que morre e não será a última que vai morrer por causa da violência”, afirmou o cunhado. “Quantos mais vão precisar morrer para os governos tomarem uma atitude?”
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