ONU faz apelo para ajuda humanitária

Pelo menos 1,5 milhões de civis necessitam de ajuda humanitária urgente na Síria, mas o intenso conflito impede que esta chegue às pessoas, numa altura em que o nÚmero de deslocados internos continua a crescer, informou ontem a ONU.
Devido à insegurança vivida no país, apenas 461 mil pessoas recebem os mantimentos enviados pelo Programa Alimentar Mundial (PAM), afirma o organismo internacional. Além disso, há 92 mil refugiados sírios que recebem algum tipo de ajuda em países vizinhos.
No entanto, o organismo precisa fornecer ajuda a outras 40 mil pessoas para cumprir o seu objectivo de entregar alimentos a meio milhão de sírios até ao final do mês.
Segundo os dados fornecidos pelo Crescente Vermelho Sírio à ONU, entre os principais focos de violência no país aparecem as cidades de Homs e Idlib, sendo que nesta Última a ajuda humanitária beneficia 350 mil pessoas, menos de metade da população.
Em Homs, o nÚmero de pessoas que precisam de assistência chega aos 250 mil, mas apenas dois terços recebem essa ajuda, enquanto centenas de habitantes buscam refÚgio na parte antiga da cidade, distante do alcance dos voluntários.
O conflito causa também inÚmeros problemas logísticos, como a falta de combustível, que as organizações humanitárias recebiam através de autorizações passadas pelo Governo. No entanto, esse subsídio não será mais emitido até Agosto. Para superar esse obstáculo, o PAM tenta criar um depósito de 100 mil litros de combustível em Damasco para as actividades da Organização das Nações Unidas.
As missões de reconhecimento enviadas pela ONU a quatro regiões da Síria com a intenção de examinar a futura presença da organização no país concluíram o seu trabalho, mas o envio de voluntários acaba por ser impedido por causa do aumento da violência, afirmou o Escritório de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).

As missões avaliaram as condições logísticas e de segurança e determinaram que dois centros podem ser instalados no país, em Homs e Deir-ez-Zor, enquanto um terceiro pode ser instalado em Aleppo para fornecer ajuda aos cidadãos de Idlib e Hama.No entanto, um porta-voz do OCHA em Genebra afirmou ontem que, por causa da actual situação, o envio de pessoal continua suspenso e, por isso, as agências humanitárias devem buscar alternativas para continuar o seu trabalho.

Angola24.net

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