A UNITA, maior partido na oposição em Angola, elogiou o discurso do
ministro da Defesa Nacional proferido ontem durante o acto central do
Dia da Paz e Reconciliação Nacional.
Um dos convidados ao acto, o secretário provincial da UNITA no Huambo,
Liberty Chiyaka, sublinhou, ao Jornal de Angola, a elevação do discurso
do ministro da Defesa Nacional, referindo que João Lourenço falou sobre
as principais acções do Executivo, mas também reconheceu que muito ainda
há por fazer para satisfazer as necessidades da população.
“Queremos saudar esse reconhecimento e dizer que devemos trabalhar todos juntos para a paz social e a criação de um ambiente de mais liberdade e consolidação da democracia”, defendeu o político, para quem devem ser postas de parte certas atitudes de exclusão. “Angola é muito grande e nela cabem todos os seus filhos”, sublinhou.
Relativamente ao apelo feito pelo ministro da Defesa Nacional para que todos os actores políticos pautem pelo civismo e responsabilidade nas próximas eleições, Liberty Chiyaka disse que todos os angolanos, em particular as lideranças políticas, são obrigados a transmitir uma mensagem de confiança e segurança.“Precisamos de transmitir aos angolanos que vamos ter eleições, mas o Estado não termina com elas (eleições). Angola vai existir sempre, qualquer que seja o Governo que saia das próximas eleições”, afirmou.
O vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas para a Logística e Infra-estruturas e um dos signatários dos Acordos de Paz assinados em 2002 também tomou boa nota do discurso do ministro da Defesa Nacional. Abreu Muengo “Kamarteiro” considerou que o discurso de João Lourenço “foi fantástico”, afirmando que o mesmo foi conciliador e deve servir de reflexão para todos. “Não houve bandeiras partidárias”, disse o general, numa alusão ao facto de João Lourenço ter cingido o seu discurso a questões do país e não político-partidárias, não obstante ser ele o candidato do MPLA a Presidente da República nas próximas eleições gerais.
Kamorteiro destacou igualmente o facto de terem estado no acto representantes de partidos políticos, como MPLA, UNITA, CASA-CE, PRS e FNLA.
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