Austrália investe nos diamantes de Lucapa

           
A empresa australiana Lucapa Diamond Company vai investir sete milhões de dólares na expansão da concessão mineira de Lulo, província da Lunda Norte, onde já extraiu alguns dos maiores diamantes alguma vez encontrados no país, informou ontem a empresa em comunicado.
 
A empresa adiantou que o montante vai ser aplicado na compra de equipamento de movimentação de terras, veículos para utilização tanto nos programas de exploração mineira em aluvião como em kimberlito e na introdução de melhorias diversas nas instalações existentes.
A Lucapa Diamond Company tem uma participação de 40 por cento e funciona como operadora na Sociedade Mineira do Lulo, onde tem como parceiros a concessionária nacional - Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), com 32 por cento e a Rosas & Pétalas, com os restantes 28 por cento.
No ano passado, em Setembro, a Lucapa Diamond Company extraiu no projecto mineiro Lulo mais diamantes de grandes dimensões qualificados de “especiais”, de acordo com uma comunicação feita recentemente ao mercado pela Bolsa de Valores da Austrália.
A empresa australiana informou ter extraído nove diamantes “especiais” com mais de 10,8 quilates cada um, no decurso das duas primeiras semanas de exploração mineira naquela concessão. Das pedras extraídas, havia quatro de grandes dimensões, das quais uma com 37,28 quilates, outras duas com 17,15 quilates e 14,69 quilates e uma com 11 quilates, tendo sido obtido ainda um diamante cor-de-rosa.
Em Agosto do ano passado, a empresa australiana tinha extraído nesta concessão cinco grandes diamantes com mais de 50 quilates cada.
A concessão do projecto mineiro Lulo dista 150 quilómetros da mina de diamantes de mina de Catoca, que tem o maior kimberlito de Angola e o quarto maior do mundo, estando ambas localizadas na mesma área geológica.
A Lucapa Diamond Company tem sede em Perth, Austrália Ocidental, e em 2007 assinou um contracto de prospecção de diamantes para o projecto Lulo com a Empresa Nacional de Diamantes de Angola. No ano de 2014, a empresa foi autorizada pelas autoridades angolanas, pela segunda vez, a comercializar diamantes. Na altura, a companhia  dispunha de um total de 371,35 quilates, que tinham sido avaliados pela consultora independente Jaguar Consultants em 308,4 milhões de kwanzas (3,16 milhões de dólares), no câmbio de 2014. Entre as pedras comercializadas estavam duas de maior valor, que tinham sido encontradas pela empresa em Janeiro de 2014, uma de 95,45 quilates e outra de 32,2 quilates.
 

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