Autoridades propõem um estudo para a reabilitação do Quilombo

O Governo Províncial do Kwanza-Norte vai realizar, nos próximos tempos, um estudo que visa a reabilitação do Centro de Investigação Agronómica e Turística do Quilombo, no âmbito do Programa de Investimentos PÚblicos (PIP) do próximo ano.
O centro botânico tem grande interesse turístico mas está encerrado ao pÚblico há mais de três anos. Por isso o governo vai iniciar a sua reabilitação, anunciou, em Ndalatando, pelo governador Henrique André JÚnior, num encontro com os membros do Conselho de Auscultação Social.
O governador do Kwanza-Norte precisou que o centro vai ficar com capacidade para reproduzir espécies melhoradas de diversas plantas para incentivar a produção alimentar e a obtenção de outros benefícios.
Henrique JÚnior disse que é pretensão do seu governo abrir o o centro e torná-lo numa instituição académica de referência, para que possa contribuir com sucesso para o desenvolvimento da província, através da obtenção de espécies melhoradas e incentivar a produção de alimentos e de outras plantas.
O anÚncio do Governo Provincial do Kwanza-Norte foi bem recebido pelos membros do conselho de auscultação, referiu Domingos Baptista “Candeia”. O responsável disse que referido estudo para a reconstrução e modernização do centro do Quilombo vai ajudar o local a tornar-se num dos pontos turísticos mais procurados de Ndalatando. O padre Bernad Duchen, membro do Conselho de Auscultação Social, lembrou que a reabilitação do Quilombo vai contribuir ainda mais para a melhoria da imagem da cidade de Ndalatando e atrair mais benefícios para a indÚstria do turismo. O vigário da diocese de Ndalatando elogiou igualmente as iniciativas do governo que permitiram recuperar os jardins da cidade de Ndalatando.

Rio Muembeji
Os membros do órgão de consulta do governo aconselharam ainda o desassoreamento do rio Muembeji e pediram maior atenção aos programas de manutenção dos jardins da cidade. O Quilombo foi concebido ainda na época colonial, como Centro de Investigação Agrária, funcionando com todas as estruturas científicas de multiplicação e experimentação de diversas culturas, como o café, a abanana e plantas ornamentais. O centro botânico tinha casas para os agrónomos, investigadores, funcionários e uma escola de práticas pedagógicas, actualmente em escombros.
O centro tem árvores trazidas de diversos pontos do mundo. Muitas plantas morreram e outras foram derrubadas. Para facilitar o acesso ao Quilombo, o governo provincial asfaltou, há cinco anos, a estrada. A existência de uma flora muito rica e com plantas ornamentais, com destaque para a rosa de porcelana, e por lá passar o rio Muembeji, o Quilombo continua a ainda atrair o interesse de inÚmeros turistas, que buscam lá tranquilidade, apesar de estar encerrado. As autoridades provinciais determinaram o encerramento do Quilombo, há três anos, após constatarem actos de vandalismos por parte de pessoas que transformaram o espaço em local de lavras de cultivo.
Muitas pessoas faziam lá piqueniques deixando o centro numa autêntica lixeira, além da ocorrência de de mortes,assaltos e outros crimes, que eram frequentes.
 
Angola24.net

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