O
reitor da Universidade Católica de Angola (UCAN) considerou hoje que a
crise económica e financeira que Angola vive não deve ser pretexto para
despedimentos de funcionários nas empresas, como se tem registado nos
últimos anos.
A posição do padre José Vicente Cacuchi foi
apresentada hoje, quando discursava em Luanda, durante a abertura da
conferência de lançamento do livro sobre "Estudos sobre a Diversificação
da Economia Angolana", considerando que o binómio "crise e
criatividade" devem andar juntamente.
"Neste caso entendo eu que devemos, em qualquer
momento de crise marcada pela queda das receitas e aumento de custos,
encontrar saídas que não devem passar pela redução de funcionários nas
nossas empresas. A crise enquanto fator revelador da insustentabilidade
de um determinado paradigma até então operacional é sempre uma sugestão
para reposicionamento", disse.
Angola vive uma profunda crise económica,
financeira e cambial resultante da queda das receitas petrolíferas no
mercado internacional, o motor da economia angolana, com reflexos na
vida socioeconómica do país.
De acordo com o reitor da UCAN, no contexto de
crise que Angola vive é preciso encontrar-se ideias mais justas, que não
devem passar por "crisificar" a vida do país.
"Uma ocasião favorável para agir fora dos
paradigmas tradicionalmente consagrados, fugindo assim a uma possível
inércia, que nos hipnotiza e que invade as mentes não criativas. E isso
desencadeia-se e caímos numa frustração e desespero que chamamos crise,
daí que é preciso não 'crisificar' a nossa vida", disse.
A obra, de autoria do Centro de Estudos de
Investigação Científica da Universidade Católica de Angola, descreve os
efeitos da crise em Angola nos últimos dois anos, abordando as causas,
consequências e propondo igualmente soluções.
LUSA
Comentários
Enviar um comentário