Governo reforça a Saúde com médicos e fármacos

O Ministério da Saúde recruta em breve cerca de dois mil profissionais para fazer face à falta de quadros, anunciou ontem, em Luanda, o titular da pasta.

Luís Sambo, que fez o anúncio à saída da terceira sessão ordinária da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros, disse que vai ser feito o enquadramento imediato de médicos e paramédicos recém-formados no país e no estrangeiro.
O ministro afirmou que o sector continua a contar com a participação dos profissionais das Forças Armadas, bem como dos estudantes de medicina e de enfermagem para reforçar o número indispensável para melhor o atendimento público.
Luís Sambo referiu que o enquadramento é feito “de acordo com os planos de admissões de cada unidade hospitalar, de cada serviço e programa de saúde e à medida das dotações orçamentais”.
O responsável declarou que está também a ser desenvolvido um programa de reformas “para relançar algumas componentes do sistema de saúde que carecem de melhorias”. 
O ministro fez a caracterização dos hospitais do país que, “apesar de estarem a funcionar, enfrentam dificuldades” e “precisam de mais abastecimento, que está a ser processado”.
Luís Sambro disse aqueles hospitais precisam de mais medicamentos essenciais, reagentes para o diagnóstico das doenças que ocorrem com maior frequência e pessoal de saúde.
O responsável realçou que o mais difícil é aumentar o número de camas nos hospitais, mas para que para atenuar a situação vai ser dada prioridade àqueles onde  estão os doentes mais graves.

Rupturas nas vacinas

Luís Gomes, que admitiu “rupturas relativamente às vacinações”, revelou terem sido “já feitas encomendas, cuja chegada demora algum tempo”.
Na reunião, dirigida pelo Vice-Presidente da República, foram louvados os esforços dos trabalhadores da Saúde, civis e militares, voluntários e cidadãos em geral envolvidos directa ou indirectamente na efectuação das medidas tomadas pelo Executivo para conter a propagação dos surtos de malária, dengue, chikungunya e febre-amarela.
Num comunicado, divulgado no final do encontro,  é pedido à população que colabore na execução das medidas de saúde pública e de saneamento, de forma a melhorar  a recolha do lixo nos bairros, a eliminação das águas paradas e demais fontes de vectores da malária e da febre-amarela e a recorrerem aos postos médicos e centros hospitalares logo que familiares revelem sintomas de doenças. 
A Comissão para a Política Social avaliou o Relatório de Progresso sobre a Implementação das Principais Deliberações e Recomendações do Conselho de Ministros e das suas comissões especializadas com o impacto no sector social e concluiu que na maioria continuam em curso. Entre estas deliberações e recomendações sobressaem as relativas aos programas de reintegração socioeconómica dos antigos combatentes e veteranos da Pátria e de apoio aos deficientes de guerra, bem como ao funcionamento da Comissão Nacional de Prevenção e Auditoria de Mortes Maternas e Neonatais, situação dos medicamentos e dispositivos médicos em Angola, além da elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação.

Liberdade de Culto

A Comissão fez também o balanço das acções referentes à revisão da Lei sobre Liberdade de Consciência, Religião e Culto, da Estratégia de Expansão da Rede de Atendimento à Primeira Infância, do Plano Executivo de Combate à Violência Doméstica e das relativas ao Observatório da Juventude Angolana.
No domínio da Cultura, apreciou um projecto de Decreto Presidencial que aprova o regulamento das entidades de gestão colectiva e do Mecanismo de Cobrança e Distribuição dos Direitos de Autor e Conexos.
Este diploma garante protecção e gestão dos direitos patrimoniais dos autores, incluindo remunerações pela produção e utilização das obras.
A Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros tomou conhecimento de uma informação sobre a admissão pela UNESCO, para análise, da candidatura do Centro Histórico de Mbanza Congo a património mundial. Os participantes na reunião tomaram conhecimento do conteúdo de um Relatório de Progresso sobre o processo de Acreditação e Reconhecimento de Instituições e Cursos de Ensino Superior.
O país tem nove instituições de ensino superior em fase final de regularização. As instituições de ensino superior privadas autorizadas têm 301 cursos de pós graduação e as públicas, 298.

Jornal de Angola

30 de Março de 2016

Comentários