Dois funcionários do Samu, que socorreram a fisiculturista Fabiana Paes, na noite em que ela foi supostamente atacada, disseram à polícia, na quinta-feira (10), que ela estava seca e não tinha ferimentos causados por vidro, quando a resgataram, no quarto de um hotel em Natal (RN). Segundo o delegado que investiga o caso, Frank Albuquerque, as afirmações desmentem o que o marido da atleta, Alexandre Paes, disse sobre o caso.
— O Alexandre disse que a encontrou durante o banho, que a água escorria por cima dela. Também falou que teve que quebrar o vidro do box para retirá-la. Mas os socorristas garantem que ela estava seca, inclusive os cabelos, e ela não tinha marcas de ferimentos pelos estilhaços de vidro.
A história contada por Alexandre perde força a cada depoimento, segundo o delegado. Uma pessoa que estava hospedada em um quarto ao lado do casal ouviu na noite do dia 28 de dezembro, data do suposto ataque, um homem falar em voz alta “respira que você acorda”, segundo o delegado.
— A testemunha disse que ouviu essas palavras de um homem, em voz alta. Disse que ele repetiu essa frase entre dois e cinco minutos e que depois houve um silêncio. Em seguida, ele afirmou que ouviu um barulho forte, como se fosse de algo se quebrando. Pouco tempo depois, esse hóspede ouviu a mesma voz de homem pedindo ajuda.
Após o suposto ataque, no dia 28 de dezembro, Fabiana ficou por cinco dias em coma em um hospital antes de morrer. A polícia suspeitou logo de homicídio e pediu que Alexandre fizesse um exame de corpo de delito. Foi constatado que ele tinha marcas nos braços que indicavam uma suposta briga. A suspeita é que Fabiana tenha tentado se defender do marido.
O laudo necroscópico indicando a causa da morte da atleta só deve ficar pronto na próxima semana. A demora é por causa de um exame complementar que vai comprovar se ela foi asfixiada.
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