Luanda - O noticiário eleitoral de hoje foi marcado pelo
pronunciamento do líder do MPLA, José Eduardo dos Santos, que manifestou-se
"feliz por ter sido escolhido pelo povo angolano", que mais uma vez depositou
a sua confiança no MPLA e no seu cabeça de lista, para governar Angola nos
próximos cinco anos, numa altura em que continuam a frente dos resultados
provisórios das eleições gerais com 72,24% dos votos.
O cabeça de lista do MPLA fez este pronunciamento numa
cerimónia com a sociedade civil, em alusão ao seu 70º aniversário natalício,
assinalado a 28 de Agosto último. O acto foi organizada pelo Movimento Nacional
Espontâneo, no jardim da Cidade alta.
Em referência aos resultados provisórios das eleições gerais,
publicados pela Comissão Nacional Eleitoral, que dão uma larga maioria ao MPLA,
o seu líder prometeu "tudo fazer e usar todas as forças que estiverem ao seu
alcance", para garantir a aplicação do programa eleitoral do seu partido e a
execução de todas as políticas públicas, em prol da melhoria da qualidade de
vida de todos os angolanos.
Enquanto isso e quando estão já escrutinados 90% dos votos, a
UNITA segue em segundo lugar com 967.278 votos (18,47%), vindo depois a CASA-CE
com 309.559 (5.91%); PRS 9.227 (1,72%), FNLA 5.683 (1,07%), ND 10.906 (0.20%),
PAPOD 7.113 (0,13%), FUMA com 6.889 (0,13) e CPO 5.075 (0,09%)
Por seu lado, a Missão de Observação Eleitoral da SADC (SEOM)
felicitou, em Luanda, o povo angolano pelo facto de as eleições gerais, de 31 de
Agosto de 2012, terem decorrido de forma credível, pacífica e
transparente.
Numa declaração lida, durante uma conferência de imprensa, pelo
chefe da missão de observadores da SADC, Bernard Kamilius Mend, igualmente
ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional da Tanzânia,
durante conferência de imprensa, a missão considerou o pleito como uma valiosa
contribuição para a consolidação da democracia e para a estabilidade política em
Angola, assim como para a região, em geral.
Posição idêntica foi manifestada pela missão de observação da
União Africana (UA), que considerou as eleições gerais livres, justas,
transparentes e credíveis.
Segundo o chefe da missão da UA, o ex-presidente de Cabo Verde,
Pedro Pires, as eleições gerais foram realizadas em conformidade com a
Declaração de Durban, sobre os Princípios Reguladores de Eleições Democráticas
em África, adoptada pela Assembleia da União Africana, em Julho de 2012. A
Missão de Observação da União Africana felicitou ainda o povo angolano, partidos
políticos e coligações concorrentes pela sua maturidade política.
Já os observadores do Fórum das Comissões Eleitorais dos Países
da SADC (EFC-SADC) enalteceram o processo de transmissão e o anúncio dos
resultados eleitorais provisórios, considerando-os transparentes.
De acordo com o chefe da missão, o moçambicano Paulo Cuinica,
que apresentou hoje uma declaração à imprensa, a Comissão Nacional Eleitoral
(CNE) criou condições necessárias para que tais eleições fossem realizadas num
clima pacífico, o que permitiu ao povo angolano exercer livremente o seu direito
do voto.
As eleições gerais realizadas em Angola foram igualmente
consideradas livres, transparentes e democráticas, pela missão de observação da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLLP.
De acordo com o chefe da missão, o moçambicano Leonardo Simão,
que falava à imprensa, o processo respeitou, na sua generalidade, os princípios
e procedimentos internacionais.
Disse que equipa de observação constatou empenho das
autoridades e dos partidos politicos angolanos no aperfeiçoamento dos mecanismos
ligados ao processo eleitoral, para a construção da paz e consolidação da
democracia.
Por seu turno, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) manifestou
hoje os seus sentimentos de pesar pelas vítimas mortais do acidente de
helicóptero do tipo Ecureuil da Polícia Nacional (PN) que vitimou os quatro
ocupantes do aparelho, quando prestava serviço de apoio a este órgão, na cidade
do Dundo, capital da província da Lunda Norte, no quadro da eleições
gerais.
Numa nota de condolências, lida pela porta-voz da Comissão,
Júlia Ferreira, este organismo lamenta o infausto e condoi-se com as famílias
enlutadas, a Polícia Nacional e a população daquela província
nordestina.
ANGOP
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