Mais de 500 cientistas na área das florestas vão reunir-se no Estoril em Julho, numa conferência internacional para trocar experiências na investigação de produtos florestais em todo o mundo, da madeira à cortiça e à pasta de papel.
O Estoril foi escolhido para receber, entre 08 e 13 de Julho, o congresso mundial de produtos florestais da IUFRO, que reúne instituições de investigação sobre florestas. A iniciativa repete-se a cada cinco anos e último realizou-se em Taipei, em Taiwan (China).
Este ano, o congresso ocorre dias depois da conferência Rio+20 das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, que terminou sexta-feira no Rio de Janeiro.
Helena Pereira, investigadora do Centro de Estudos Florestais (CEF), do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade Técnica de Lisboa, faz parte da organização do IUFRO 2012 e disse à agência Lusa que a decisão de escolher o Estoril representa "o reconhecimento de que o país é interessante e que o CEF é uma estrutura de investigação internacional e pode ser anfitriã de parceiros de todo o mundo".
Uma informação da organização do congresso indica que a escolha do concelho de Cascais está relacionada com o facto de a localidade ser a Capital da Sustentabilidade em 2012.
A investigação na área das florestas integra aspectos sociais, de ambiente e economia e abrange da produção à indústria, da madeira à cortiça, passando pela pasta de papel.
"Temos mais de 500 participantes inscritos no congresso, de mais de 40 nacionalidades, de África, Ásia, América e Europa, envolvidos em trabalhos de investigação, desenvolvimento ou estabelecimento de políticas para o sector da floresta e produtos florestais", especificou Helena Pereira.
Os organizadores do congresso tiveram algum receio de que a receptividade não fosse boa devido aos efeitos da crise económica, mas tal não se confirmou, como relatou a cientista, que disse esperar que esta seja uma das maiores conferências IUFRO de sempre.
Os participantes vêm de universidades e laboratórios de investigação com o objectivo de "mostrar o que cada um está a fazer, os resultados que está a obter e as linhas de investigação e estratégia que está a prosseguir" permitindo comparações, troca de experiências e de ideias, relatou Helena Pereira.
A investigadora salientou que este tema é "muito importante" para Portugal, país que "tem desde há várias décadas trabalhado de uma maneira sistemática, com bons resultados e que é reconhecido internacionalmente pelo trabalho científico" realizado.
"A cortiça para nós é muito óbvia", pois Portugal é o maior produtor, mas "em termos mundiais é um material estranho, raro", relatou a professora do ISA.
Também é "relevante" a madeira para utilização na produção de pasta de papel, que usa principalmente o eucalipto, e para construção, estruturas e pavimentos ou peças de mobiliário, neste caso a do pinheiro.
A especialista disse ainda que "Portugal tem boa investigação, não só na cortiça", embora esta seja a área em que o país "pode dizer que é o maior e o melhor do mundo".
O sector da fileira florestal portuguesa representa 10 por cento (%) das exportações nacionais, corresponde a 3,2% do PIB nacional e assegura perto de 260 mil postos de trabalho.
Lusa/SOL
O Estoril foi escolhido para receber, entre 08 e 13 de Julho, o congresso mundial de produtos florestais da IUFRO, que reúne instituições de investigação sobre florestas. A iniciativa repete-se a cada cinco anos e último realizou-se em Taipei, em Taiwan (China).
Este ano, o congresso ocorre dias depois da conferência Rio+20 das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, que terminou sexta-feira no Rio de Janeiro.
Helena Pereira, investigadora do Centro de Estudos Florestais (CEF), do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade Técnica de Lisboa, faz parte da organização do IUFRO 2012 e disse à agência Lusa que a decisão de escolher o Estoril representa "o reconhecimento de que o país é interessante e que o CEF é uma estrutura de investigação internacional e pode ser anfitriã de parceiros de todo o mundo".
Uma informação da organização do congresso indica que a escolha do concelho de Cascais está relacionada com o facto de a localidade ser a Capital da Sustentabilidade em 2012.
A investigação na área das florestas integra aspectos sociais, de ambiente e economia e abrange da produção à indústria, da madeira à cortiça, passando pela pasta de papel.
"Temos mais de 500 participantes inscritos no congresso, de mais de 40 nacionalidades, de África, Ásia, América e Europa, envolvidos em trabalhos de investigação, desenvolvimento ou estabelecimento de políticas para o sector da floresta e produtos florestais", especificou Helena Pereira.
Os organizadores do congresso tiveram algum receio de que a receptividade não fosse boa devido aos efeitos da crise económica, mas tal não se confirmou, como relatou a cientista, que disse esperar que esta seja uma das maiores conferências IUFRO de sempre.
Os participantes vêm de universidades e laboratórios de investigação com o objectivo de "mostrar o que cada um está a fazer, os resultados que está a obter e as linhas de investigação e estratégia que está a prosseguir" permitindo comparações, troca de experiências e de ideias, relatou Helena Pereira.
A investigadora salientou que este tema é "muito importante" para Portugal, país que "tem desde há várias décadas trabalhado de uma maneira sistemática, com bons resultados e que é reconhecido internacionalmente pelo trabalho científico" realizado.
"A cortiça para nós é muito óbvia", pois Portugal é o maior produtor, mas "em termos mundiais é um material estranho, raro", relatou a professora do ISA.
Também é "relevante" a madeira para utilização na produção de pasta de papel, que usa principalmente o eucalipto, e para construção, estruturas e pavimentos ou peças de mobiliário, neste caso a do pinheiro.
A especialista disse ainda que "Portugal tem boa investigação, não só na cortiça", embora esta seja a área em que o país "pode dizer que é o maior e o melhor do mundo".
O sector da fileira florestal portuguesa representa 10 por cento (%) das exportações nacionais, corresponde a 3,2% do PIB nacional e assegura perto de 260 mil postos de trabalho.
Lusa/SOL
Comentários
Enviar um comentário