Deputados da bancada parlamentar da FNLA rejeitaram ontem a convocatória do presidente do partido, Lucas Ngonda, para uma reunião marcada para hoje e que devia servir para analisar as próximas eleições.
Na convocatória, datada de 16 de Março, o presidente da FNLA convocava Ngola Kabangu, chefe da banca parlamentar, e os deputados Carlitos Roberto e Nimi Nsimbi.
Contactado pelo Jornal de Angola, por telefone, Ngola Kabangu remeteu a reacção ao seu colega de bancada, o deputado Nimi NSimbi que respondeu: “Eu não recebi nada e também não tenho nada a ver com Lucas Ngonda.”
Questionado se a posição vinculava os outros dois deputados, Nimi NSimbi disse que o Jornal de Angola deveria contactá-los directamente, o que foi feito, mas sem sucesso.
Para o secretário para a Informação da FNLA, Miguel Pinto, o convite foi feito aos deputados, porque devem obediência ao partido. “Em Angola não existe a figura de deputado independente, pelo que os três deputados devem obediência à direcção do partido”, disse, para acrescentar: “Em caso de não comparência, como é regra, vamos recorrer ao regulamento de disciplina do militante e aplicar a devida sanção”.
Outra convocatória, para segunda-feira, foi enviada a todos os assistentes permanentes da FNLA de Luanda junto da CNE, indicados pelo grupo parlamentar. Esta, mais clara que a primeira, esclarece que a ausência implicará sanções disciplinares de acordo com os estatutos e regulamento interno do partido.
Os fiscais juntos da CNE e do Ministério da Administração do Território, que participaram nas eleições de 2008, também foram convocados para um encontro de trabalho, para terça-feira.
O porta-voz do partido, Miguel Depois, afirmou que, na sequência do veredicto do Tribunal Constitucional, que pôs fim ao desentendimento interno, a direcção do partido está de mãos abertas para receber todos os que pretendem lutar para que a FNLA reconquiste o seu lugar.
“A FNLA já está reunida e constitui um erro pensar que este ou aquele militante é detentor do partido”, afirmou , realçando o papel da comissão de reconciliação, que “fez com que até hoje várias figuras de proa” regressassem ao partido.
Fonte: CM
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