Um jovem é
agredido brutalmente e sem qualquer motivo? Ou melhor: Mas jovens foram
agredidos brutalmente e sem qualquer motivo. Da mesma forma que uma empregada
doméstica levou uns socos covardes à alguns anos. Da mesma forma que muitos
Angolanos foram queimados em varias localidades, por mandato do líder
Savimbista. Sempre a brutalidade.
Eu não quero
aqui me debruçar sobre as “causas sociais” dessa violência. Nem indagar as
falhas da colectividade na formação do carácter de cada um. Para fazer isso, já
temos todas as Informações, através da imprensa e intelectuais, mas acaba sendo
corrompido por uma sociedade viciada. Quero é ir na direcção contrária, e
indagar acerca da responsabilidade daqueles indivíduos que, de forma livre e
consciente, escolheram cometer crimes.
Não é a
sociedade que perverte o ser humano. Não é “o sistema” que o corrompe. É ele,
por iniciativa própria, manifestando uma escolha individual de ordem moral, que
escolhe menosprezar o pacto social de civilidade característico da nossa civilização.
É perda de tempo tecer digressões profundas acerca das causas sociais da
violência, ou da origem social dos delitos. Tudo tragédia sociológica! A
resposta está sempre no indivíduo: praticar um crime será, em última análise,
uma escolha pessoal e de ordem moral.
Quando um
parlamentar chega ao Congresso e decide se corromper, não o faz porque “lá todo
mundo é igual”. O faz porque decidiu fazê-lo! O faz porque decidiu ser
criminoso! “Ah, mas para parte considerável da população é difícil encontrar um
trabalho digno, e um pai não suporta ver o filho passando fome”, argumentam. Fosse
assim, todos pobres seriam criminosos em potencial. Eu, que sou um tanto Eng-Informatico,
não acho que isso seja verdade. Será que os progressistas acham?
O meu amigo Constantino Zeferino acha, com tanta
certeza, que as circunstâncias sociais específicas a cada caso precisam sempre
ser levadas em consideração. Eu até posso concordar com isso. Mas acredito que
não faz absolutamente nenhuma diferença prática! Não importa, por exemplo,
descobrir que o traficante morador era um miserável que não encontrava emprego
lícito há anos. No fim das contas, sempre vamos recair na escolha individual
moral: o sujeito, qualquer que seja a razão, escolheu delinquir. A colectividade,
essa construção académica idealizada para subtrair aos indivíduos as suas
responsabilidades, pode ter o papel que for, mas em última instância o passo
decisivo terá sempre sido dado por um indivíduo. A sociedade – ou “o sistema”,
tanto faz – pode até colocar a arma na mão de alguém. Mas ela não puxa o
gatilho.
Todo intelectual
tem o seu “culpado” para explicar as mazelas do mundo. Os progressistas gostam
de culpar a sociedade consumista, o capitalismo e sei lá quantos outros abstratos,
sempre no a fã de mitigar as responsabilidades individuais. Eu também tenho o
meu “culpado”. Jonas Malheiro Sidónio
Savimbi. Foi ele que popularizou e instrumentalizou o mito de “Democracia”,
que faz toda a sociologia moderna acreditar na lenda da existência de
democracia no Partido do galo Negro, quando é o contrario.
Eu não acredito!
O ser humano, como qualquer outro animal, nasce sem saber o que é a moral e
quais são os valores indispensáveis para se estar em sociedade. É a educação quotidiana
que ensina a cada um de nós o que pode, e o que não pode ser feito.
Ninguém nasce
conhecendo o certo e o errado. É o poder civilizador da negativa paterna –
algumas vezes acompanhado de um bom castigo, ou de uma boa palmada – que nos
arranca das trevas primitivas e nos arremessa nas luzes. Não há nada mais
iluminista do que um “NÃO” decidido, esfregado pelo pai na cara do filho
teimoso. Quando isso falta, a barbárie está logo ali, ao lado.
Perceberam? De
novo recaímos sobre o indivíduo e suas escolhas… Um sujeito escolhe delinquir.
Talvez no passado esse mesmo sujeito tenha tido um pai que escolheu não o
repreender quando era necessário, deixando de tirá-lo das trevas da bandidagem.
Assim, erram politicamente
e o pensamento moderno sociologico correcto, sempre em busca de culpar abstracções
genéricas (o Governo, sociedade, e seus colaboradores) o sistema, o
capitalismo, jovens arruaceiros, Intriguistas, Políticos infantis), em vez de
apontar o dedo na cara dos indivíduos e atirar-lhes as próprias culpas nas
costas, não !!!
É preciso que se
entenda, de uma vez por todas, que a sociedade não dá à luz as pessoas. São
estas, no conjunto de suas individualidades, que fazem nascer aquela. Desta
feita, os indivíduos que escolhem, de forma livre e consciente, quebrar o
acordo de paz social que garante nossa “vida em bando”, devem ser punidos. Eu
disse punidos! Recuperação, ressocialização, regeneração, tudo isso vem depois!
A primeira coisa que deve sobrevir à infracção é a punição. Para o bem do
indivíduo infractor, que passa a ter certeza de que tem limites sérios a obedecer;
e para o bem dos demais indivíduos, que passam a ter garantidas as próprias
liberdades.
Fonte: facebook
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